Novo anel de Saturno é, de longe, o mais largo dos muitos que envolvem o planeta.
O cinturão é tão espesso que sua altura é cerca de 20 vezes o diâmetro do planeta, chegando a mais de dois milhões de quilômetros. Se pudéssemos enxergá-lo, ele apareceria no céu como duas Luas cheias, uma de cada lado de Saturno. Considerando que o planeta está a mais de 11 bilhões de quilômetros da Terra, enquanto a Lua se encontra a pouco mais de 380 mil, dá para ter uma ideia de seu tamanho.
O telescópio espacial Spitzer localizou o novo cinturão orbitando a 27º do plano principal de anéis. Suas bordas começam a cerca de seis milhões de quilômetros do planeta, e sua largura é de 12 milhões de quilômetros.
Além de refletir muito pouca luz, a fina camada de partículas de gelo e poeira que constitui o anel é muito difusa, e se estende em direção ao planeta e ao espaço.
Por isso, ele só pode ser localizado graças ao uso de lentes infravermelhas que conseguem captar objetos frios - a temperaturas como os -193º C em que se encontra o anel.
A recém divulgada descoberta pode explicar alguns mistérios a respeito das Luas de Saturno. Phoebe, uma das mais distantes, gira em direção contrária à de todos os sete anéis já conhecidos e à maioria das outras luas. Agora, sabe-se que ela é a provável fonte do material que constitui o novo cinturão, e que circula dentro dele e na mesma direção.
Já outro satélite natural de Saturno, Iapetus, intrigava pesquisadores por sua aparência estranha: um lado brilhante e o outro muito escuro. Com os dados de que o novo anel circula em direção contrária à de Iapetus, é possível supor que um pouco de seu material escuro atinge a superfície gelada da lua, se prendendo a ela.
fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/descoberto-novo-anel-de-saturno-07102009-32.shl
Pesquisa?
domingo, 11 de outubro de 2009
Em busca de água, Nasa joga foguete contra Lua
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091010/not_imp448758,0.php
A sonda Lunar Crater Observation and Sensing Satellite (LCROSS) da Nasa e seu foguete Centaur fizeram ontem um duplo impacto no fundo da cratera Cabeus, no polo sul da Lua, em uma operação que busca confirmar a presença de água no satélite. Segundo o controle da missão no Centro de Pesquisa Ames, a experiência foi um sucesso: "Recebemos a confirmação de que ocorreu o duplo impacto. Foi um trabalho impecável. Os instrumentos funcionaram como estava previsto." O primeiro impacto, às 8h31 (horário de Brasília), foi produzido pelo foguete vazio de mais de duas toneladas, que gerou uma coluna de poeira que subiu a mais de seis quilômetros de altura. Pouco mais de três minutos depois, a LCROSS cruzou a esteira de pó, da qual recolheu informação e as enviou para a Nasa, antes de cair. Segundo os cientistas, se existe água no fundo da cratera, ela foi lançada ao espaço pelo duplo impacto e pelo repentino aumento de temperatura. Além da Nasa, os impactos foram observados pelo telescópio espacial Hubble, pelos instrumentos de outra sonda, a Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), e por diversos telescópios ao redor do mundo. Mas para quem esperava ver imagens espetaculares, a missão, apesar do sucesso científico, foi anticlimática. Segundo espectadores na internet e também pessoas que se reuniram em um museu no centro de Washington para assistir às colisões em um telão, não houve sinais óbvios da poeira - ou de gelo pulverizado - nas imagens em preto e branco da Nasa captadas na cratera escura. Em vez disso, a tela ficou totalmente branca."Não foi um defeito", explicou Benjamin Neumann, diretor da Divisão de Capacidades Avançadas da Nasa. Segundo ele, os impactos liberaram muito calor, daí o brilho. Ele também explicou que os cientistas devem levar duas semanas para analisar os dados.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Hubble fotografa galáxia se desmanchando
O Telescópio Espacial Hubble fotografou duas galáxias que estão perdendo porções gigantescas de sua massa por meio de um processo conhecido como "esvaziamento por pressão de arrasto." O fenômeno, que faz com que as galáxias pareçam estar explodindo, ocorre quando elas se afastam rapidamente do centro de um aglomerado de galáxias em direção às suas bordas.
A pressão de arrasto é a força que resulta quando alguma coisa move-se através de um fluido. Ela pode ser percebida, por exemplo, pela brisa que você sente em seu rosto quando anda de bicicleta, mesmo em um dia totalmente sem vento. No contexto galáctico, a pressão de arrasto é percebida quando galáxias localizadas na parte central de um aglomerado movem-se rapidamente através do chamado meio intra-aglomerado - uma "corrente" de raios X extremamente quente.
Quando a galáxia se movimenta contra esse fluxo de raios X, ele arranca gases de seu interior. O processo é tão dramático que pode até parar o processo de formação de estrelas no interior da galáxia. A galáxia espiral NGC 4522 está localizada a cerca de 60 milhões de anos-luz da Terra e é um exemplo espetacular de uma galáxia espiral que está sendo despojada dos seus gases.
A NGC 4522 é parte do aglomerado de galáxias de Virgem e o seu rápido movimento no interior do aglomerado resulta em fortes "ventos" que a atravessam, deixando seus gases para trás. Os cientistas estimam que a galáxia está se movendo a mais de 10 milhões de quilômetros por hora.
A imagem foi feita com a câmera ACS do Hubble, antes que ela apresentasse defeito. Os astronautas que participaram da quarta missão de conserto do telescópio espacial consertaram- na no início deste ano – veja Atlantis captura Telescópio Espacial Hubble e Por que o Telescópio Espacial Hubble ainda não voltou a funcionar?.
Fonte: Inovação Tecnológica, link: http://www.inovacao tecnologica. com.br/noticias/ noticia.php? artigo=hubble- fotografa- galaxia-se- desmanchando&id=010130091001
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